quarta-feira, 26 de outubro de 2011

PÚBLICO, MASSA E MULTIDÃO

“É uma grande desgraça não poder estar só” 
LA BRYÈRE citado por EDGAR ALAN POE

Em 1840, o escritor norte-americano Edgar Alan Poe publicou um texto, depois
classificado pelos organizadores de suas obras completas como conto filosófico. “O Homem
das Multidões” é narrado por um homem que vai a Londres fazer um tratamento de saúde e se
diverte observando, do saguão do hotel, a multidão que passa na rua.
  No começo, o narrador vê apenas uma massa indistinta. Em breve, porém, desce aos
detalhes e consegue ver padrões de roupas, comportamentos, jeitos de andar. Vários públicos
se descortinam à sua frente: escreventes, homens de negócio, advogados, homens de lazer...
  À certa altura, um homem chama sua atenção. É um velho entre 60 e 70 anos. Sua
fisionomia apresenta um misto de triunfo, alegria, terror e desespero.
  A impressão causada pelo personagem é tão forte, que o narrador passa a segui-lo. O
homem envereda pela rua repleta de gente e, chegando à praça, passa a andar em círculos,
confundindo-se com a multidão. Quando o fluxo diminui, o velho se sente angustiado e procura
outra multidão. A narrativa acompanha durante toda a noite sua busca por agrupamentos
humanos. 
  No final, o escritor o abandona com um comentário: “Esse velho é o tipo e o gênio do
crime profundo. Recusa estar só. É o homem das multidões. Seria vão segui-lo, pois nada
mais saberei dele, nem de seus atos. O pior coração do mundo é mais espesso do que o
Hortulus Animae e talvez seja uma das grandes misericórdias de Deus o fato de que ele
jamais se deixa ler”.
  Em “O Homem das Multidões”, Edgar Alan Poe antecipou em muitos anos a discussão
sobre a sociedade de massa.
  O século XIX viu aparecer um novo tipo de agrupamento humano. Antes a regra eram
pequenas vilas, nas quais todo mundo se conhecia e se relacionava. O processo de
industrialização forçou uma grande quantidade de pessoas a se deslocarem para grandes
centros nos quais as pessoas não se conheciam e não tinham qualquer relacionamento mais
íntimo. 
  A aglomeração maciça de seres humanos forçou o contato pessoal com pessoas
desconhecidas, muitas das quais permanecerão sempre desconhecidas. Não conhecemos o
homem que nos vende alimentos e a moça do correio é apenas mais uma funcionária postal.
  O homem moderno está rodeado de gente, mas é solitário.
  Essa nova realidade tornou patente um novo tipo de comportamento, que não era
individual, mas coletivo. Para explicá-los surgiu a psicologia das massas.
  Dois pioneiros dessa nova disciplina foram o italiano Scipio Sieghele e o francês
Gustav Le Bom. 
 Sieghele escreve  A Massa Criminosa, no qual analisa os crimes coletivos, como
revoltas e lichamentos, e conclui que não há como indicar culpados. Os que são incriminados
são sempre bodes-expiatórios, pois é sempre impossível determinar um culpado no meio da
multidão.
  Sieghele trabalha o conceito de multidão como agrupamento geográfico e resultado de
uma sugestão, como se seus integrantes estivessem sonâmbulos, hipnotizados. Em toda
multidão há condutores e conduzidos, hipnotizadores e hipnotizados. O autor italiano foi um
dos primeiros a perceber a importância dos meios de comunicação de massa nesses novos
tipos de comportamento. Para ele, a imprensa seria uma manipuladora da massa. 
Para Gustav Le Bon,  a civilização estava em perigo com a emergência das massas.
Os líderes políticos do século XX seriam aqueles capazes de manipular as mesmas através da
mídia (uma profecia acertada, se lembrarmos de Hitler, Mussolini e Getúlio Vargas).
O pensador Gabriel Tarde discordou desse ponto de vista, argumentando que a massa
é geográfica e o publico é formado socialmente. Para ele, a imprensa estava criando públicos,
ao permitir que pessoas distanciadas geograficamente pudessem partilhar idéias. 
Os pensadores contemporâneos perceberam a dificuldade em se trabalhar com os
conceitos de multidão e massa de maneira conjunta e resolveram separá-los. Assim, há três
tipos de comportamentos coletivos.
O primeiro deles, e o mais primário, é a multidão. Sua origem é biológica e remonta aos
tempos em que o homem passou a viver em sociedade. 
Na multidão, os integrantes são comandados pela ação de ferormônios, hormônios
expelidos pelo corpo, que fazem efeito ao serem percebidos olfativamente. 
  Todos que estiverem no campo de ação dos ferormônios são contagiados e passam a
agir como uma só pessoa, de forma irracional. É o caso de linchamentos, revoltas e tumultos
em locais repletos de gente. É comum, por exemplo, que em casos de incêndio em casas de
shows morram mais pessoas pisoteadas do que em decorrência do fogo.
  A criação de uma multidão passa por quatro estágios. 
  No primeiro deles, há um acontecimento emocionante (a informação de que um
estuprador foi preso, um trem de subúrbio que deixa de funcionar justamente na hora em que
os trabalhadores voltam para casa).
  No segundo, há uma “moedura”: os indivíduos se encontram, se chocam, começam a
trocar ferormônios.
  No terceiro, surge uma imagem, uma idéia de ação, a exaltação coletiva é direcionada
para um objetivo (lichar o criminoso, quebrar o trem).
  Finalmente, no quarto estágio, a multidão, já totalmente dominada pelos ferormônios,
age.
  Uma multidão é como um estouro de boiada: é impossível pará-la com a força ou com
a razão. Atirar adianta muito pouco, pois os que estão atrás empurram os que estão na frente,
até chegar aos seus atacantes. 
  Segundo Flávio Calazans, só há duas maneiras de deter uma multidão: ou dando um
segundo objetivo a ela, ou jogando gás lacrimogêneo.
  Os gás impede que as pessoas continuem recebendo os ferormônios umas das outras.
Por outro lado, a irritação nos olhos e a fumaça dão aos integrantes da multidão a impressão
de que estão sozinhos. Um indivíduo só age como multidão se tiver certeza de que está
incógnito. É a certeza de que seus atos individuais não serão percebidos que dá à multidão a
liberdade de agir. É por isso que são comuns as desordem em períodos de blecaute.
  Dar um segundo objetivo também é eficiente, pois uma segunda proposta de ação leva
a multidão a pensar, e uma multidão que pensa deixa de ser multidão.
  Em uma perspectiva fisiológica, a multidão seria um comportamento coletivo governado
pelo complexo R. Essa primeira camada de nosso cérebro é responsável pela auto-
preservação. É aí que nascem nossos mecanismos de agressão e ações instintivas. 
  O comportamento de massa é uma novidade do século XIX e surge em decorrência do
processo de industrialização e desenvolvimento dos meios de comunicação de massa.
  A massa age como multidão, de maneira irracional e manipulável. Mas não há
proximidade física. Não há ferormônios envolvidos. 
  Nos grandes centros, as pessoas estão isoladas, atomizadas, e a principal influência
acaba sendo os meios de comunicação de massa. É a multidão solitária.
  A principal característica da massa é o pseudo-pensamento. A massa acredita que
pensa, mas só repete o que houve nos meios de comunicação de massa. Segundo Luiz

Beltrão, o poder massificante da sociedade é de tal ordem que o indivíduo se recusa a
acreditar que é apenas uma peça da engrenagem social e que suas idéias são idéias que lhe
foram implantadas pela mídia. Ao ser perguntado o porque de suas idéias, o integrante da
massa repetirá exatamente o que ouviu de seu apresentador de TV favorito. Ou então dirá
simplesmente: “É claro que é assim. Você não viu que saiu no jornal?” ou “mas todo mundo
gosta disso, por que você não gosta?”
  Fisiologicamente, o comportamento de massa é identificado o complexo límbico, a
camada do cérebro característica de mamíferos e que governa o instinto de rebanho. Assim, a
aspiração máxima do integrante da massa é ser aceito pelos seus pares. Ele fará qualquer
coisa para se adequar e procurará repetir os outros em tudo. É o famoso Maria vai com as
outras. 
  O comportamento de massa fica claro em pessoas que têm ânsia de andar sempre na
moda. Vestir a roupa do momento é uma forma de não “estar por fora”. Claro que quem ditará
o que é moda são os meios de comunicação de massa, que se aproveitam dessa necessidade
de rebanho, de aceitação social, para vender seus produtos e manipular a massa.
  Como a massa não pensa, ela precisa de alguém que pense por ela, ela precisa de um
pai, que lhe diga o que fazer. Esse papel já foi exercido por líderes políticos, como Hitler e
Getúlio Vargas. Não é à toa que o ditador brasileiro era chamado de “pai dos pobres”. Hoje
quem normalmente exerce essa função são figuras importantes da mídia, tais como
apresentadores de TV. Esse inclusive é um fator potencialmente perigoso da massa. Como
obedece cegamente aos impulsos recebidos pela mídia, a massa pode adotar um tom de
verdadeiro fanatismo contra qualquer um que ouse discordar de seus pontos de vista. 
  Como a massa não tem consciência de sua situação, ela é feliz, feliz como o gado na
engorda. Não é à toa que Zé Ramalho nos diz, em musica cantada como toada de boi: “Eh!
Oh! Oh! Vida de gado Povo marcado eh! Povo feliz...”.
  O homem das multidões de Poe era um homem-massa, incapaz de estar só, mas
também incapaz de criar relacionamentos profundos. Sua única aspiração era ser aceito pelo
grupo, mesmo que para isso precisasse sacrificar sua identidade. Poe o abandona dizendo
que de nada adiantaria continuar a segui-los, pois tudo que se poderia saber dele já se sabe.
A massa não tem é oca por dentro. São pessoas de palha, como definiu Ray Bradbury no livro
Fahrenheit 451, referindo-se às pessoas que assistiam à televisão.
  A terceira forma de comportamento coletivo é o público. A palavra vem do latim
“publicus”, que significa depois da adolescência. Ou seja, público é aquele que alcançou a
maturidade intelectual e psicológica. 
  A característica do público é ser racional e defender sua individualidade. Enquanto na
multidão, o indivíduo quer ser anônimo, enquanto na massa, quer ser igual aos outros, no
público ele quer ser ele mesmo. 
  O público não se deixa manipular e seus argumentos são frutos de um raciocínio
interior. O público defende tal ponto de vista porque refletiu sobre ele e chegou à conclusão de
que essa é a melhor idéia, e não porque alguém lhe disse. O comportamento de público é
governado pelo neocórtex, a camada mais recente do cérebro, que controla a linguagem
simbólica, a leitura, o cálculo, a criatividade e a crítica.
  Em uma perspectiva junguiana, o público é aquele que passou por um processo de
individuação e tornou-se capaz de tomar decisões sozinhos, sem precisar de um pai que lhe
diga o que fazer.
  Da mesma forma que a mídia cria massa, pode também ajudar a criar público. Listas
de discussão e sites como o Digestivo Cultural podem ser espaços privilegiado para que esses
compartilhem idéias e troquem informações. Da mesma forma, programas de televisão e
filmes podem criar uma consciência crítica em seus receptores. 
   

domingo, 24 de abril de 2011

RELEASEMANIA

A releasemania assume tal proporção nos dias atuais que muitos jornais encontrariam dificuldades em manter suas portas abertas se não pudessem contar com o material distribuído pelas assessorias de imprensa. E, a partir da construção desta realidade, o autor faz um estudo rico em informações e interpretações sobre este fenômeno, tão típico da civilização moderna. Mais do que isto, Releasemania mostra como se faz o release, como ele é empregado, seus tipos e características. Um livro único, indispesável para profissionais de Jornalismo, Relações Públicas e de Comunicação em geral.

Capítulos

I - Flashes do atual jornalismo
II - Os passos das Relações Públicas
III - Jornalismo e Relações Públicas na Comunicação de Massa

Capítulos

IV - O porquê do assessor de imprensa e a brecha em que atua
V - Quem está em nossas assessorias de imprensa  e a sua imagem

DIAGRAMAÇÃO

Esta obra mostra as técnicas da diagramação e da produção gráfica, através de um receituário prático e didático, preenchendo uma lacuna na escassa bibliografia sobre o assunto. Um manual obrigatório para os profissionais e interessados na área.

Diagramação: O Planejamento visual Gráfico na Comunicação impressa - Por Rafael Souza Silva.









Capítulos

I - Percepção Visual

A luz é mais do que apenas a causa física do que vemos. Ela representa para o homem o fator máximo de sua existência. Com ela observamos qualquer definição de forma, cor, espaço ou movimento.
Dessa forma, a visão representa uma das maiores dádivas da natureza. Os olhos e a luz se fundem na formação de todo o processo visual.
Modesto Farina esclarece o modo científico dos mecanismos de funcionamento do aparelho visual: “Oticamente o funcionamento do olho se assemelha ao de uma câmera fotográfica, que por sua vez possui um sistema de lentes (córnea e cristalino) um sistema de abertura variável (Iris) e filme (retina). Contudo, na realidade, há todo um processo psíquico envolvido no funcionamento do aparelho ótico humano.
A imagem que é impressa na retina do olho sofre todo um processo de interpretação ao atingir o cérebro, o que lhe confere uma complexidade não existente na máquina.
  • Farina salienta que para o ser humano ver o olho em si não completa o processo visual, pois a retina só transmite signos ao cérebro, sendo este incumbido de decifrá-los.
A transformação de uma imagem qualquer do mundo exterior numa percepção começa realmente na retina, mas é no cérebro que ela vai atingir uma impressionante magnitude. Farina ainda acrescenta “A imagem formada na retina vai ter significação depois de interpretada pelo cérebro, a imagem toma significado ao entrar em contato com coisas antes vistas e arquivadas na memória”.
Quando nossa retina reage a determinados estímulos, agrupando-os de modo a formar uma imagem incorreta, o resultado é uma ilusão ambígua. Um exemplo prático desse tipo de ambigüidade é provocado pelo espaço em branco entre as letras, que assume, muitas vezes, um aspecto formal tão importante quanto o próprio desenho das letras, em preto.
O fenômeno da ilusão pode ser originário das imperfeições óticas ou das interpretações intelectuais.
A percepção não é um processo fotográfico. Ao contrário, é uma operação que consiste em reunir e ajustar as informações visuais e comprá-las com o vasto mosaico de nossas imagens mentais. A capacidade do olho e da mente humana de reunir e ajustar elementos e de entender seu significado constitui a base do design e proporciona o principio que torna possível o layout de uma página impressa.
Hurlbut defende a idéia de que a visão não é um processo mecânico, como a lente de uma câmera fotográfica para ele é o contrário e afirma: “É um processo que mais se assemelha ao funcionamento de um computador, com os nossos olhos reunindo pedaços e partes dos dados observados, transmitindo-os assim ao cérebro, onde todo esse mosaico é classificado e reestruturado, resultado então em objetos e imagens. Essas imagens podem ser agradáveis ou enfadonhas; podem ficar na memória ou facilmente esquecidas; podem ser ainda mal interpretadas ou transformadas em quaisquer daquelas ambigüidades a que chamamos ilusão. Tudo o que acontece até essa etapa do processo pode ser decisivo para estabelecer a qualidade gráfica do nosso design. Seria um grande erro considerar que, uma vez conquistada a atenção do leitor, o exercício chegou ao fim. A não ser que um estímulo visual produza uma reação – emocional ou intelectual – não se pode dizer que tenha havido uma efetiva comunicação. O grau de reação do layout ser intensificado ou diminuído, de acordo com a forma, e , enfim, o estilo de sua apresentação.




II - O fenômeno estético na Comunicação Visual

Para o artista a percepção é um dado fundamental. Onde termina o seu trabalho e começa o do observador, em cuja percepção o objeto estético vai se completar. O sistema sensorial orienta o individuo em sua relação com o meio ambiente e cumpre um papel diverso na percepção estética: deve dialogar com os objetos significativos e, para desempenhar essa função, precisa ser adestrado.
A experiência estética é entendida como uma resposta a estímulos, aos elaborados pelo homem, aos naturais e independente da existência de um objeto intencionalmente artístico.
Em uma obra de arte, são observados uma série de significados, tais como sua condição física e intelectual, além da própria mensagem contida no objeto. O trabalho final do artista converte-se em tema para uma resposta por parte do observador. Nesse sentido, a arte visual pode ser considerada uma linguagem. Para Celso Kelly existem três funções na arte: a criativa, que seria o impulso da exteriorização do artista; a lúdica, um processo de recriação. E a comunicativa, decorrente da condição de que a arte também é linguagem.
Como em outros códigos a linguagem artística possui um emissor, que é a fonte da comunicação (o artista plástico, o diagramador etc.); um meio para transmitir a informação originada da fonte (o jornal, revista, livro, etc.) e um receptor (o observador ou leitor). Este deve reconhecer e decifrar os signos para chegar à compreensão.
A experiência estética resulta da ação recíproca entre o objeto artístico e o observador. No jornalismo impresso, o texto transmite a informação semântica através dos seus signos compreensíveis, mas ao mesmo tempo produz uma informação visual de reforço estético através dos símbolos gráficos que atuam na sensibilidade do receptor.
Tudo aquilo que se pode captar através da visão constrói a comunicação visual. Um cartaz, um edifício, um jornal, uma flor, isto é, uma série de elementos visuais, inseridos numa passagem onde o fenômeno espaço – tempo completa essa significação. Ela se desenvolve num processo de comunicação onde a mensagem é intencional e atende a fundamentos teóricos, culturais e operacionais.
  • Numa comunicação visual a mensagem pode ser interpretada livremente pelo receptor.
  • Numa comunicação intencional o receptor deve captar a mensagem no exato significado que lhe atribui o emissor.
Para que isso ocorra sistematicamente é necessário ter em conta o processo de produção da comunicação visual.
Todo processo de comunicação implica um processo de significação, onde o sinal é uma forma significante que o destinatário deverá preencher com significados.
Sinais são emitidos por um emissor que, baseando sua mensagem em códigos e léxicos, transforma a mensagem significante (enviada pelo emissor) em mensagem significada. Neste tipo de esquema, o papel do código é predominante.
  • Umberto Eco define-o como “uma estrutura elaborada sob a forma de um modelo, que é postulada como regra subjacente a uma série de mensagens concretas e individuais a ele adequadas, e que resultam comunicativas somente com referencia ao código”.
O processo de comunicação não termina quando a mensagem codificada pelo emissor é decodificada pelo receptor. Todo o processo de decodificação é bastante marcado pela circunstância que o envolve.
A própria circunstância é capaz de provocar mudanças na escolha do código, alternando não só o sentido como a função e a quantidade de informações da mensagem.
Assim Umberto Eco refere-se à retórica como um enorme depósito de soluções codificadas e ainda acrescenta “como base no sistema retórico e no universo ideológico, o emissor e o destinatário codificam respectivamente a mensagem visual segundo códigos e léxicos visuais”.
Para Abraham Moles toda mensagem entre comunicadores humanos se apresenta de fato ao analista como a super posição de mensagens distintas:
Semântica – integralmente traduzível, não importa qual sistema lingüístico.
Estética ou Conotativa - baseada num conjunto de elementos de percepção enumeráveis e armazenáveis pelo observador.
Para Celso Kelly a arte gráfica começa pela diagramação; desdobra-se na escolha dos tipos; complementa-se na confecção das manchetes. Estabelecem-se relações do gráfico com o assunto. Segundo ele as ilustrações aquecem o texto; dão visualidade pronta, antes da leitura. Fotos, caricaturas, anúncios, enxertam-se em meio aos textos, quebram-lhe a monotonia, imprimem movimento ao todo. Eis o grande arranjo estético, a orquestração gráfica do jornalismo. As artes gráficas e plásticas se põem a serviço de atração e sugestão, em complemento da arte da palavra.




Capítulos

IV - O porquê do assessor de imprensa e a brecha em que atua

V - Quem está em nossas assessorias de imprensa e a sua imagem